Soledad no Recife, K.: relato de uma busca e O irmão alemão: ditadura e trauma em três narrativas brasileiras

Nome: MARIA ISOLINA DE CASTRO SOARES
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 13/12/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
WILBERTH CLAYTHON FERREIRA SALGUEIRO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANDRÉIA PENHA DELMASCHIO Examinador Externo
FABÍOLA SIMÃO PADILHA TREFZGER Examinador Interno
MARCELO FERRAZ DE PAULA Examinador Externo
MARIA AMÉLIA DALVI SALGUEIRO Suplente Interno
RAFAELA SCARDINO LIMA PIZZOL Examinador Interno

Páginas

Resumo: A pesquisa visa ao estudo de obras narrativas que abordam de forma literária o
período da história do Brasil compreendido entre os anos de 1964 e 1985, na
vigência da ditadura militar. São elas: Soledad no Recife (MOTA, 2009), K.: relato de
uma busca (KUCINSKI, 2014) e O Irmão Alemão (BUARQUE, 2014).
Problematizam-se as noções tradicionais de história e de literatura, de fato ficcional
e de fato empírico, e tem-se por objetivo geral construir um documento teórico-crítico
a partir da análise do material selecionado, à luz das teorias escolhidas. Entende-se
que a literatura que traz, ficcionalizado, o testemunho de eventos traumáticos,
transita no "campo minado" da referência e da autorreferência, dando forma a um
"real" que tenta constantemente escapar. Revela-se, também, como uma
possibilidade de revisão de situações históricas a respeito das quais o poder oficial
tem outra versão, e, nesse sentido, pode constituir um arquivo de períodos
autoritários. As três obras em análise foram escolhidas por se considerar que
reapresentam as situações de terror vividas durante a ditadura transformadas em
experiência estética vividas por personagens que deixam de ser nomes esquecidos
pela história oficial e passam a adquirir a condição simbólica propiciada pelo texto
literário para se pensar o "real". Entende-se, assim, que a literatura é importante
para a compreensão do tempo histórico, das características da sociedade na qual a
obra foi produzida e que, seja dando existência literária a fatos empíricos narrados
em primeira ou terceira pessoa numa perspectiva testemunhal, seja como
autoficção, a compreensão do passado pode ajudar na construção do futuro e na
reflexão sobre as ameaças que pairam sobre o momento político atual, em
diferentes partes do mundo, inclusive no Brasil, de que crimes contra a humanidade
voltem a ocorrer.

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