Oralidade e Poesia na Roma Imperial

Resumo: Como demonstram numerosos estudos, a leitura no mundo antigo era uma atividade eminentemente oral: o texto era escrito para que fosse lido em voz alta para um público ouvinte, e não como uma atividade individual e solitária, parâmetro moderno da atividade leitora. Alem disso, a educação formal da época privilegiava a formação do orador, ou seja, o autor de texto literário, especialmente na Roma Imperial, era educado para fazer bom uso da fala. Assim, as relações entre as pontas do triângulo autor-leitor-texto eram diversas das relações que construímos na realidade contemporânea, e a oralidade estava profundamente imbricada na literatura como parte maior da formação do autor e como objetivo último do ato da escrita. Pretendemos com esta pesquisa estabelecer como essas relações se davam, através dos indícios deixados nos textos poéticos da época deste condicionamento da literatura à retórica e da interação entre oralidade e texto escrito, desvendando de que forma os parâmetros de leitura do mundo antigo marcavam a produção textual em si, e observando, em comparação com as atividades de escrita e leitura na sociedade contemporânea, as relações entre autor, texto e leitor como elementos socialmente construídos e definidos.

Data de início: 01/08/2009
Prazo (meses): 24

Participantes:

Papelordem decrescente Nome
Coordenador LENI RIBEIRO LEITE
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